28 de setembro de 2011
Série do Futura investiga o desempenho dos países líderes em educação
O que Coreia do Sul, Canadá, Chile, Finlândia e a província de Xangai, na China, têm em comum? Todos estão bem colocados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), que avalia a qualidade da educação em cada país por meio do desempenho dos estudantes.
O programa baseou-se nos resultados do último ranking do PISA (2009) para escolher os locais retratados. Xangai, a número um do mundo; Finlândia, o número três; e Coreia do Sul, o número cinco; além do Chile, o melhor colocado da América Latina, e do Canadá, que, com sua política de imigração integradora, se mantém entre os sete melhores. Embora apontado como um dos que mais evoluíram na última década, o Brasil ocupa a 53ª colocação.
Veja as sinopses dos episódios:
Xangai: Com 20 milhões de habitantes, a província de Xangai, na China, até parece um país. Melhor colocada em todo mundo no PISA, tem liberdade para inovar e adaptar as rígidas regras do governo chinês e oferece uma educação de qualidade excepcional para os estudantes, inclusive os migrantes. Neste episódio, o público vai conhecer estudantes nota 10, pais exigentes e professores qualificados. Em Xangai, a dedicação ao ensino é levada tão a sério que o Estado teve que criar leis para limitar as horas de estudo em casa. Tanto esforço tem bases históricas e culturais, principalmente na ênfase da educação como mecanismo de ascensão social ao longo da história.
Finlândia: Famosa pela qualidade de ensino, a Finlândia é apontada como modelo para todas as nações. Por lá, professor para entrar em sala tem, no mínimo, mestrado, e a autonomia é palavra de ordem. No Ensino Médio, por exemplo, os estudantes têm direito a escolher o que querem aprender. A carga horária não é exageradamente grande e a biblioteca é um dos passatempos preferidos. Em média, um estudante vai 12 vezes à biblioteca ao longo de um ano. Com ajuda de especialistas, esse episódio vai discutir também: como o governo conseguiu a difícil tarefa de igualar a qualidade do ensino? Por que a profissão de professor é a mais desejada pelos jovens, mesmo sem oferecer os salários mais altos da região? E aos melhores profissionais cabe a tarefa de trabalhar nas piores escolas. Por quê? Por fim, quais as lições que o mundo pode aprender com os finlandeses apesar de ser um país tão diferente?
Chile: Para entender como o país passou a liderar o ranking do PISA na América Latina, o “destino:educação” atravessa o portão da escola para mostrar as novas medidas e acordos feitos pelo Estado e verificar se os bons salários, a premiação por desempenho, a constante avaliação do ensino e a participação da família realmente influenciaram na nota final do PISA. Vai avaliar também como diminuir as diferenças entre o aprendizado dos alunos de distintas classes sociais e revelar como funciona o sistema, dividido entre escolas particulares, subvencionadas e públicas. Desde a primeira avaliação, o Chile serve de exemplo para o continente e sua nota cresce de forma consistente. Por lá, o ministro da Educação é uma das autoridades de maior prestígio e costuma ser o nome forte para disputar as eleições presidenciais.
Coreia do Sul: No início da década de 60, a Coreia do Sul estava no atual patamar de desenvolvimento do Afeganistão. Cinquenta anos depois, tornou-se exemplo de desenvolvimento econômico e social e, no último ranking do PISA, aparece com uma das melhores notas. Neste programa, o público conhecerá a rotina de oito horas na escola, as tarefas de casa, a competição em sala de aula, a rigorosa disciplina e o uso da tecnologia como aliada no aprendizado. O objetivo é descobrir como a educação de qualidade se tornou marca da sociedade coreana e também refletir sobre questões como a aceitação de castigos físicos em sala de aula.
Canadá: Na última década, o governo canadense vem concedendo aos estrangeiros com qualificação quase todos os direitos conquistados pelos canadenses, incluindo ensino de qualidade para seus filhos. Essa política foi adotada como forma de compensar a carência por profissionais especializados em função do envelhecimento da população e da baixa taxa de natalidade. Em um país com duas línguas oficiais e sem Ministério da Educação, pais de alunos estrangeiros falam sobre o sistema; especialistas discutem o impacto de uma política de educação descentralizada e falam sobre o monitoramento e nivelamento do desempenho das escolas, a cooperação entre elas e os métodos usados para incentivar aquelas com baixo rendimento. O público poderá ver também que se tornar professor no Canadá pode ser tão difícil quanto enfrentar seu inverno rigoroso, apesar de ganharam salários acima da média nacional.
Brasil: O Brasil entrou com o pé direito no século XXI para deixar de ser só uma promessa. Mas qual a relação entre o período de bons resultados na economia e melhorias efetivas em termos de educação? O país pode ter crescido no PISA, mas, como partiu de resultados muito baixos, ainda está a quilômetros de distância do ideal. Quando o assunto é repetência, somos campeões. Apesar de 86% dos estudantes estarem matriculados na rede pública, os salários não atraem os melhores docentes. A formação desses profissionais, pouco pautada em didática, também vai mal. Resultado: na lista das profissões mais desejadas, ser professor vira falta de opção. Embora a educação seja um direito de todos, as horas em classe ainda são poucas. O turno integral só faz parte do cotidiano de alguns estudantes. A diferença na qualidade de ensino entre regiões e classes sociais é tão grande quanto o Brasil. Mas por quê?
Afinal, o que nos separa das melhores notas do PISA? Qual o papel do governo e das famílias? Quais os caminhos para se chegar à qualidade e equidade em salas de aula? O que tem sido feito? Em busca de respostas, o espectador vai acompanhar o dia a dia dos alunos, além do envolvimento de pais e professores. Especialistas e representantes de ONG’s também vão ser ouvidos pelo programa.
Brasil: O Brasil entrou com o pé direito no século XXI para deixar de ser só uma promessa. Mas qual a relação entre o período de bons resultados na economia e melhorias efetivas em termos de educação? O país pode ter crescido no PISA, mas, como partiu de resultados muito baixos, ainda está a quilômetros de distância do ideal. Quando o assunto é repetência, somos campeões. Apesar de 86% dos estudantes estarem matriculados na rede pública, os salários não atraem os melhores docentes. A formação desses profissionais, pouco pautada em didática, também vai mal. Resultado: na lista das profissões mais desejadas, ser professor vira falta de opção. Embora a educação seja um direito de todos, as horas em classe ainda são poucas. O turno integral só faz parte do cotidiano de alguns estudantes. A diferença na qualidade de ensino entre regiões e classes sociais é tão grande quanto o Brasil. Mas por quê?
Afinal, o que nos separa das melhores notas do PISA? Qual o papel do governo e das famílias? Quais os caminhos para se chegar à qualidade e equidade em salas de aula? O que tem sido feito? Em busca de respostas, o espectador vai acompanhar o dia a dia dos alunos, além do envolvimento de pais e professores. Especialistas e representantes de ONG’s também vão ser ouvidos pelo programa.
A Finlândia é 1.ª no ranking da maior avaliação internacional, a mesma em que o Brasil está nas últimas colocações
Brasil e Finlândia já eram extremos opostos e a educação os afastou ainda mais. Frio, rico e com só 5 milhões de habitantes, o país escandinavo se tornou nos últimos anos o maior sucesso educacional do mundo.
Foram sucessivos primeiros lugares na mais conceituada avaliação internacional para estudantes feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa. Quente, pobre e com 35 vezes mais gente, o Brasil foi um dos últimos.
Na Coréia do Sul, os futuros professores do Ensino Fundamental são selecionados entre os 5% dos alunos com melhor desempenho no Ensino Médio. Como os salários da carreira são bons e as vagas em universidades são poucas - apenas 6 mil por ano (leia mais no quadro da página 61) -, a concorrência é grande. Os candidatos só garantem um lugar na graduação após terem seu histórico escolar avaliado e tirarem pontos altíssimos em uma prova. Contam também para a seleção o conhecimento em línguas e Matemática e as habilidades de comunicação, básicas para quem ensina. O número de alunos que freqüentam os cursos superiores atende apenas à demanda para que todos tenham um trabalho garantido.
de 2011.
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/eles-podem-inspirar-busca-solucoes-423178.shtml
Brasil e Finlândia já eram extremos opostos e a educação os afastou ainda mais. Frio, rico e com só 5 milhões de habitantes, o país escandinavo se tornou nos últimos anos o maior sucesso educacional do mundo.
Foram sucessivos primeiros lugares na mais conceituada avaliação internacional para estudantes feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa. Quente, pobre e com 35 vezes mais gente, o Brasil foi um dos últimos.
Países com melhores sistemas de ensino podem inspirar soluções
Nos países que contam com os melhores sistemas educacionais a valorização da profissão docente é a chave para garantir a qualidade
Na Coréia do Sul, os futuros professores do Ensino Fundamental são selecionados entre os 5% dos alunos com melhor desempenho no Ensino Médio. Como os salários da carreira são bons e as vagas em universidades são poucas - apenas 6 mil por ano (leia mais no quadro da página 61) -, a concorrência é grande. Os candidatos só garantem um lugar na graduação após terem seu histórico escolar avaliado e tirarem pontos altíssimos em uma prova. Contam também para a seleção o conhecimento em línguas e Matemática e as habilidades de comunicação, básicas para quem ensina. O número de alunos que freqüentam os cursos superiores atende apenas à demanda para que todos tenham um trabalho garantido.
de 2011.
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/eles-podem-inspirar-busca-solucoes-423178.shtml
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